O sábado 27 de julho participei na homenagem que a Associação Verbo Xido argalhou na sua aldeia natal ao mestre republicano e exilado José Rogélio Otero Espasandim.
Eu nada sabia de Espasandim. Aceitei o convite porque sempre aceito os convites de Verbo Xido, mas houvem de aprender quem fora esse senhor. E estudei. E descobrim.
E de todo quanto lim, ademais de alguns poemas estupendos e que fam lamentar a tronçadura que foi o golpe fascista do 36, gravou-se em mim esta anedota (pág. 18 da edição de María Cuquejo):
El equipaje del exiliado es liviano, a veces nulo. Recuerdo al matemático Otero Espasandín que, en Buenos Aires, rememoraba haber cruzado la frontera francesa de Cataluña, a pocos pasos de Antonio Machado,apenas con su regla de cálculo.
carrego ao lombo
como solitária equipagem
uma regra de cálculo
trinta rigorosos centímetros
para medir
a minha pouquidade entre alturas pirinencas
a grandura da raiva que me envolve
a imensidade da minha dor
a imagem fai parte da reportagem gráfica do acto elaborada por X. C. Garrido Couceiro.